Nissan Qashqai

O factor emocional desempenha um papel cada vez mais importante na decisão de compra de um automóvel. Com base neste princípio, a Nissan desenvolveu o Qashqai para o segmento C (do Opel Astra, Renault Mégane e VW Golf). No fundo, é uma espécie de SUV – a imagem e a distância ao solo (200 mm) são as de um todo-o-terreno de reduzidas dimensões – mas com as características (de interior e dinâmicas) de um pequeno familiar. A acompanhar tal ousadia surge o motor 1.5 dCi de 106 CV, fruto da parceria com a Renault, que, embora não seja o ideal, coloca o Qashqai entre os mais potentes da classe e com uma atractiva relação preço/equipamento. Só o futuro dirá se esta aposta resulta. Entretanto, as vendas superaram largamente as expectativas iniciais, quer em Portugal quer no resto da Europa, provando que o Qashqai reúne todas as condições para abanar a hegemonia de uma classe demasiado conservadora.

O Nissan Qashqai é um bom exemplo de que nem tudo o que é diferente ou exclusivo deve ser mais caro. Proposto com um preço de 27.084 euros (mais 3.000 euros que a versão base Visia), este 1.5 dCi Acenta apresenta um leque de equipamento tal que, além de justificar plenamente o esforço financeiro em relação à versão de entrada, o coloca numa posição privilegiada face aos seus concorrentes.
De igual forma, também os custos de manutenção são valorizados por um período de revisões a cada 60 mil quilómetros ou dois anos. Sem alterações face aos outros modelos da marca estão os planos de garantias: três anos ou 100 mil quilómetros de cobertura geral e três e doze anos para a pintura e corrosão, respectivamente.
Por fim, os consumos. Não se pode dizer que o Qashqai seja o carro mais económico do segmento, porém, os 6,3 litros (contra 5,4 litros anunciados pela marca) por nós registados acabam por ser um valor simpático e permitem percorrer cerca de mil quilómetros com um depósito.

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